domingo, 30 de janeiro de 2011

Relato de um Náufrago, Gabriel García Márquez

Este livro não tem o formato de todas as outras obras de García Márquez. Tanto no tamanho, como no estilo.

'Relato de um Náufrago' não é um título de um romance, é mesmo um testemunho. Provavelmente, um dos livros menos conhecidos do Nobel de 1982.

Apanhei-o em 2008 (a assinatura não engana) e resolvi logo ler. Podem pensar que é complicado falar de livros que lemos há algum tempo. Para mim, é um exercício. É matar saudades, arejar um pouco o livro da estante, fazê-lo passear...


Esta historia é a de um sobrevivente de naufrágio. O mundo julgava ter sido um acidente, mas o escritor percebeu que não existira tormenta alguma.

O navio da Colômbia transportava carga de contrabando e não resistiu às investidas do mar. Este livro transformou-se numa denúncia política, sacrificando a glória do náufrago e o exílio do escritor.

Esta edição em livro é a reunião de uma série de reportagens que foram publicadas no El Espectador, de Bogotá, em 1955.

4 comentários:

  1. Gostaria de saber para quem era o contrabando?

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  2. Na verdade, era mercadoria vinda dos Estados Unidos para a Colômbia. Foi no tempo da ditadura de Gustavo Rojas Pinilla, num navio da marinha.

    O governo tentou abafar a história, internando o sobrevivente num hospital. No entanto, ele conseguiu ver a sua história publicada.

    Gabriel Garcia Marquez foi considerado persona non grata para o governo do General.

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  3. Então poderia afirmar que as mercadorias contrabandiadas eram para os proprios militares, já que eram mercadorias do tipo: geladeira, lavadoras... e ele quando estavam nos EUA compraram essas produtos?

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  4. Exacto. Os militares compraram esses produtos a mando do governo e da marinha. E isso não podia passar para a opinião pública.

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