Este livro não tem o formato de todas as outras obras de García Márquez. Tanto no tamanho, como no estilo.
'Relato de um Náufrago' não é um título de um romance, é mesmo um testemunho. Provavelmente, um dos livros menos conhecidos do Nobel de 1982.
Apanhei-o em 2008 (a assinatura não engana) e resolvi logo ler. Podem pensar que é complicado falar de livros que lemos há algum tempo. Para mim, é um exercício. É matar saudades, arejar um pouco o livro da estante, fazê-lo passear...
Esta historia é a de um sobrevivente de naufrágio. O mundo julgava ter sido um acidente, mas o escritor percebeu que não existira tormenta alguma.
O navio da Colômbia transportava carga de contrabando e não resistiu às investidas do mar. Este livro transformou-se numa denúncia política, sacrificando a glória do náufrago e o exílio do escritor.
Esta edição em livro é a reunião de uma série de reportagens que foram publicadas no El Espectador, de Bogotá, em 1955.
Gostaria de saber para quem era o contrabando?
ResponderEliminarNa verdade, era mercadoria vinda dos Estados Unidos para a Colômbia. Foi no tempo da ditadura de Gustavo Rojas Pinilla, num navio da marinha.
ResponderEliminarO governo tentou abafar a história, internando o sobrevivente num hospital. No entanto, ele conseguiu ver a sua história publicada.
Gabriel Garcia Marquez foi considerado persona non grata para o governo do General.
Então poderia afirmar que as mercadorias contrabandiadas eram para os proprios militares, já que eram mercadorias do tipo: geladeira, lavadoras... e ele quando estavam nos EUA compraram essas produtos?
ResponderEliminarExacto. Os militares compraram esses produtos a mando do governo e da marinha. E isso não podia passar para a opinião pública.
ResponderEliminar