quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Poema aos amigos

Isabel Maria Vaz.
Amiga anónima. Deste mundo a teclados.
Uma leitora assídua deste blogue e de outros.
Desconhecida fisicamente. Nunca a vi. Nem de foto.
Escreveu-me outro dia. Com 'atrevimento', diz ela.
Com naturalidade, diria eu.
Com magia, acrescento.
Agradeço-lhe as palavras. O elogio. A força da dedicatória que me deixou.
Retribuo com o poema que escolheu.
Para todo o mundo que segue este canto.

Muito obrigado.


"Não posso dar-te soluções
Para todos os problemas da vida
Não tenho resposta para as tuas dúvidas ou temores,
Mas posso ouvir-te
E compartilhar contigo.

Não posso mudar
O teu passado nem o teu futuro.
Mas quando necessitares de mim
Estarei junto a ti.

As tuas alegrias
Os teus triunfos e os teus êxitos
Não são os meus,
Mas desfruto sinceramente
Quando te vejo feliz.

Não julgo as decisões
Que tomas na vida,
Limito-me a apoiar-te,
A estimular-te
E a ajudar-te sem que me peças.

Não posso traçar-te limites
Dentro dos quais deves actuar,
Mas sim, oferecer-te o espaço
Necessário para cresceres.

Não posso evitar o teu sofrimento
Quando alguma mágoa
Te parte o coração,
Mas posso chorar contigo
E recolher os pedaços
Para armá-los novamente.

Não posso decidir quem foste
Nem quem deverás ser,
Somente posso
Amar-te como és
E ser teu amigo.

Todos os dias, penso
Nos meus amigos e amigas,
Não estás acima,
Nem abaixo nem no meio,
Não encabeças
Nem concluís a lista.
Não és o número um
Nem o número final.

E tão pouco tenho
A pretenção de ser
O primeiro
O segundo
Ou o terceiro
Da tua lista.
Basta que me queiras como amigo.

Dormir feliz.
Emanar vibrações de amor.
Saber que estamos aqui de passagem.
Melhorar as relações.
Aproveitar as oportunidades.
Escutar o coração.
Acreditar na vida.

Obrigada por seres meu amigo."

1 comentário:

  1. Bom.
    completamente inesperado!
    Por cá continuaremos e quem sabe ainda um dia nos vamos conhecer.
    Um abraço
    Isabel

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