terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Oferenda

A Ana é uma grande amiga. Ela inaugura este mundo desconhecido de escritores sem livro. Com estas palavras...


Apetece morrer devagar.

Tão devagar
que não dês pela minha falta
até que seja tarde demais
e a minha ausência te expluda
no peito
como uma granada

Quero que sintas dor
e sangres
e tenhas por fim alguma certeza

Nem que seja apenas
a de que foste amado
até à morte

Ana Almeida

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