quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Ubik e Halldór Laxness - a dupla de Novembro

Laxness ganhou o prémio Nobel em 1955. Teve um percurso muito curioso, pois aos 21 anos converteu-se à Igreja Católica. No entanto, anos mais tarde, abandonou a religião e abraçou o comunismo.

É o primeiro escritor islandês que leio. Tento apelar à memória, mas não vislumbro mais autores desta pequena ilha, desconhecida para a maioria de todos nós.


Preparamo-nos para ler outro prémio Nobel. Se bem se recordam, Gao Xingjian foi o primeiro. Este é já o sétimo livro de leitura conjunta, uma experiência que nos deu a conhecer muitas histórias e nos mobilizou para vários debates.

Ubik, grande amigo meu, preparou-me uma agradável surpresa. Já conheço a fama do escritor - pelos que já leram, é muito bom. A editora 'Cavalo de Ferro' consegue trazer à nossa praça autores importantes no panorama da escrita e Laxness é, para muitos, um desconhecido. Estou ansioso por começar.

Quanto à história, deixo uma breve sinopse:

'«Os peixes também sabem cantar» é, depois de «Gente independente», um dos livros mais significativos e de sucesso na carreira de Halldór Laxness. Sem dúvida, um dos que melhor explica ao seu leitor a Islândia, descrevendo, através da história de vida do seu jovem protagonista, o momento histórico da passagem da sua misteriosa e mágica sociedade ancestral à modernidade dos nossos dias. O romance, que se situa em inícios do século XX, acompanha a passagem da infância para a vida adulta do jovem Álfgrímur. Abandonado pela mãe em Brekkukot, uma propriedade rural na periferia de Reykjavík - então uma pequena cidade de poucos habitantes e sob o domínio dinamarquês -, a infância de Álfgrímur decorre de forma idílica entre os trabalhos domésticos na quinta, com a avó adoptiva que recita os rímur e as antigas sagas islandesas, a aprendizagem de latim e a audição, à noite, das histórias dos excêntricos habitantes de Brekkukot. Álfgrímur, que sonha um dia tornar-se pescador, tal como o seu avô, vê no entanto todos os seus projectos de futuro serem abalados pelo regresso a casa do Garõar Hólm. Famoso cantor lírico, orgulho da Islândia, a vida de Garõar está porém envolta num misterioso segredo, que caberá a Álfgrímur desvelar, ligando para sempre a sua vida à desta estranha personagem. Será Garõar a fazer com que Álfgrímur se apaixone pela música, incitando-o a alcançar com o canto da sua voz a «Nota Pura».'


Quero deixar o meu forte agradecimento a Ubik e congratulá-lo por esta escolha. Algo me diz que esta experiência vai ser, uma vez mais, incrível.

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