sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Remate ao livro de Setembro, Michael Gregorio

Ainda não fiz justiça ao romance do mês passado e seria mau não escrever sobre ele. Por isso, aqui vai...

Hanno Stiffeniis. Decorem este nome. Neste policial, passado na Prússia, Stiffeniis é um mero desconhecido e jovem magistrado. Um dia recebe uma carta (que julga ser assinada pelo Rei) com uma importante missiva: investigar uma série de mortes misteriosas ocorridas em Königsberg.

O espanto é enorme, até porque o magistrado da outra cidade é admirado e conhecido pelos seus métodos eficazes. Além disso, ele é de uma comarca pequena, pouco habituada ao grande crime. O que passaria na cabeça das autoridades para ele ser mandatado? Sem possibilidade de escolha, Hanno é conduzido ao seu destino.

À medida que lhe vão relatando os homicídios, Stiffeniis começa a ficar confuso. Inicialmente recusa a tese de que as mortes tenham sido provocadas por uma terrível arma, a garra do Diabo. Depois, renuncia à opinião que tudo seria uma conspiração preparada pelos franceses de Napoleão para invadir a Prússia.


Pelo meio, os donos de uma pensão que se enforcam, uma Deusa Albina que dizem ser bruxa. E, para grande espanto do leitor, Immanuel Kant. O famoso filósofo é o responsável pela vinda do magistrado a Königsberg. Com ele vai tendo diálogos 'iluministas', carregados de interesse e mistério.

O professor Kant, já em idade avançada, consegue desconstruir pensamentos com Stiffeniis - que conhecera, anos antes, ainda como estudante. No entanto, a solução dos mistérios só aparece na hora em que tentam matar o investigador... Uma visita ao seu passado mais profundo.

Mas afinal do que é que eu estou para aqui a falar? Espero que o tenham lido...

Este romance deixou-me satisfeito. Não olharia para ele se não mo dissessem para ler. Agradeço à Elsa Martins Esteves. Acredito que se podem conhecer melhor as pessoas através daquilo que lêem. E eu ganhei uma amizade, bem representada por este livro.

Obrigado!

1 comentário: