sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Livros caros?

Considero os livros caros em Portugal.

Aponto algumas razões: as capas elaboradas, os modelos grandes (geralmente no estrangeiro encontramos mais o formato de bolso), os direitos e o preço das traduções. Ainda acresce o transporte, a negociação publicitária e muitos outros factores que só as editoras conhecem.

Hoje deixo conselhos práticos. Como sabem, os livros têm tempo de vida. Como tal, é natural que alguns deles sejam saldados com o decorrer do tempo. Há empresas que apostam em campanhas tipo 'leve 4, pague 3' ou em packs promocionais.

É de esperar que as editoras promovam, mais cedo ou mais tarde, os packs de livros que envolvam uma sequela. Como exemplo, está agora no mercado uma caixa com os 3 livros de Stieg Larsson.

Existem várias colecções de bolso que são cópias mais baratas das versões normais. Autores como Dan Brown ou Daniel Silva (colecção 11/17), Jorge Amado e Mark Twain (Leya) ou Fiódor Dostoiévski e Homero (BI).

Uma boa altura para os packs promocionais é o Natal. Grande maioria desta oferta em livraria lança-se agora.

Outra boa aposta pode ser o mês de Janeiro. Isto no caso das livrarias que decidem acompanhar a época de saldos - tal como uma marca de roupa, por exemplo. Algumas feiras podem aparecer e, para grande surpresa do consumidor, vêm-se preços como 2, 3 ou 5 euros por livros que são bem mais caros.


Também pode aproveitar os livros com defeito. Na minha opinião é um excelente negócio. Mas eu apenas me preocupo com o conteúdo, não com a capa. Grande maioria das livrarias aposta em expô-los, um pouco ao monte, em determinadas épocas. Mas atenção, nunca aposte em danificar livros para o funcionário lhe fazer desconto. Não resulta.

Não experimente negociar descontos com quem o atende. Além de ser um mau exemplo, a generalidade das livrarias tem um cartão de vantagens. Como é lógico, deverá fazê-lo.

Oportunidade por excelência é, geralmente, a feira do livro. Mas não se deixe influenciar. A generalidade da baixa de preços é de 20%. Compensa, obviamente, visitar a feira com regularidade, pois existe o hábito do livro do dia - com baixas de 40% ou mais no seleccionado. Mas o melhor caso dá-se quando o cliente sabe bem o preço de mercado e quanto é o saldo. Os grandes grupos editoriais são os que mais rebaixas fazem - a capacidade de transportar e expor o livro é muito maior.

Por fim, a visita aos sites também constitui uma alternativa. Aqui dois alertas: algumas empresas podem não pagar o transporte (e, como tal, não compensar a compra pelo site, mas sim ir directamente à loja). As promoções do site nunca se aplicam em loja. Poupe essa viagem, não vai valer a pena. Esteja atento aos 'livros do dia' ou, ciclicamente, promoções especiais.

Então, os livros são mesmo caros em Portugal?

p.s.- aqui não abordo a questão do livro técnico. Isso é outro campeonato.

2 comentários:

  1. Caríssimos!
    Tenho pena de dizer isto, mas cada vez considero com mais frequência comprar em inglês ao invés das traduções em português.É claro que a qualidade é melhor, mas muitas vezes as traduções são fracas. E, muito pessoalmente, preferia que os livros em Portugal nem fossem tão grandes. É muito difícil transporta-los comigo e que gosto muito de ler fora de casa.
    E se reduzissem os tamanhos já conseguiam poupar custos de produção.
    E outra coisa, já que referiste os packs para as sagas, é que o mais impressionante é que poucos apostam nisso, e quando o fazem a diferença de preço é inexistente ou irrisória, o que não incita o leitor a comprar.

    É uma pena, mas em tempo de crise doí-me dar mais que 15€ por um livro, seja ele qual for.

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  2. Concordo que os livros são muito caros.Surpreende-me até como é possível que todos os dias apareçam novos livros.Admira-me como é que mesmo assim se vende tanto.Eu adoro comprar livros e geralmente não ligo ao preço.Se gosto compro.Mas já deixei de comprar muitas outras coisas para gastar o dinheiro em livros.Também procuro sempre pela edição mais barata.Mesmo os livros para crianças são muito caros e é pena porque são os próximos leitores.
    Eu apesar de tudo vou continuar a comprar.Não sei viver sem este bem essencial!
    Isabel

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