Um dos gatos era qual o velho da rua pardo
velho sacudindo
a barba à chuva e amolando
tesouras no dealbar das mãos na espera
de haver relento
sorria no ápice de quem
tropeça
num corpo mais feliz
Era como o gato o velho um dia
inteiro presente
era possível iniciá-lo
atravessar-lhe a funda carícia das horas sem ideia
de o deixar dormir
Andreia é uma amiga e escreve uns poemas. Um dia encheu-se de coragem e publicou Fadas e assassinos. Em 2008 saiu este De haver relento. Textos que falam de relento, normalmente sob o olhar atento de um gato.
A sua caneta escreveu a seguinte dedicatória: "Para o Rodas, por ser um gajo com todas as letras. E um amigo."
Destaco também a capa. Agarrem este livro.
Sem comentários:
Enviar um comentário