" Parem todos os relógios,
Cortem o telefone
Impeçam que o cão ladre
Com um osso delicioso.
Calem os pianos e, com um
tambor abafado, tragam o caixão,
Deixem os aviões sobrevoarem
gemendo lá em cima,
Escrevinhando no céu
a mensagem: ele morreu.
Coloquem laços à volta
dos pescoços das pombas,
Deixem os polícias de trânsito
usar luvas pretas de algodão.
Ele era o meu Norte, o meu Sul,
o meu Este e o meu Oeste.
A minha semana de trabalho
e o meu Domingo de descanso,
o meu meio-dia,
a minha meia-noite,
a minha conversa, a minha canção.
Pensava que aquele amor
duraria para sempre.
Estava enganado.
As estrelas já não são desejadas,
apaguem-nas.
Embrulhem a Lua
e desmanchem o Sol.
Despejem o oceano
e varram a floresta,
porque agora não servem para nada. "
(Obrigado Sara, há muito que não lia este poema...)
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