sábado, 2 de outubro de 2010

Cem anos de solidão, Gabriel García Márquez

Gabito ofereceu ao mundo um dos maiores romances que li. Citado pela magia das suas palavras, pelo encanto das personagens, pela descrição de um mundo fantástico; Cem anos de solidão é das obras mais lidas de sempre.

Quem não recorda Macondo - a aldeia perdida algures na América Latina - construída pelos Buendía? E a particularidade dos 'José Arcádio', trabalhadores; e dos 'Aurelianos' estudiosos?

É a história que mais devagar li. O mundo do realismo fantástico, dos sinais dados pelas borboletas, da amizade entre o primeiro Buendía e o cigano Melquíades, da velha Úrsula que percorre mais de cem anos e várias gerações... É fácil perdermos o fio à meada se resolvermos ler este livro depressa.


Para quem não sabe, a história corre anos e anos à volta de uma família. A grande particularidade da narrativa é que todos os filhos 'Buendía' se chamam 'José Arcádio' ou 'Aureliano'. O nome atribuído vai revelar particulares apetências no modo de estar de cada um deles. A seu redor, várias figuras secundárias gravitam; transpondo para este romance diferentes graus de sensações, inúmeros mistérios e misticismos próprios do povo Sul-Americano e de suas crenças.

É impossível convidar-vos a não ler este pedaço de escrita. Deixo, na minha modéstia, apenas um conselho: digiram devagar. Cada palavra, parágrafo. Cada personagem que abre um ciclo e fecha. Por muitos e muitos anos...

2 comentários:

  1. Costumo sofrer aquela coisa de ler vários livros ao mesmo tempo, mas com este aconteceu que aos poucos todas as leituras que o acompanhavam foram postas de parte e só ele ficou. É realmente necessária concentração, mas vale muito a pena :)

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  2. Já ouvi tão boas críticas em relação a este livro. Quando me emprestaram o livro para ler à uns bons anos atrás, não consegui passar das primeiras páginas por acha-lo tão confuso, talvez seja altura de pegar outra vez nele e perder-me na história ;)

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