Gabito ofereceu ao mundo um dos maiores romances que li. Citado pela magia das suas palavras, pelo encanto das personagens, pela descrição de um mundo fantástico; Cem anos de solidão é das obras mais lidas de sempre.
Quem não recorda Macondo - a aldeia perdida algures na América Latina - construída pelos Buendía? E a particularidade dos 'José Arcádio', trabalhadores; e dos 'Aurelianos' estudiosos?
É a história que mais devagar li. O mundo do realismo fantástico, dos sinais dados pelas borboletas, da amizade entre o primeiro Buendía e o cigano Melquíades, da velha Úrsula que percorre mais de cem anos e várias gerações... É fácil perdermos o fio à meada se resolvermos ler este livro depressa.
Para quem não sabe, a história corre anos e anos à volta de uma família. A grande particularidade da narrativa é que todos os filhos 'Buendía' se chamam 'José Arcádio' ou 'Aureliano'. O nome atribuído vai revelar particulares apetências no modo de estar de cada um deles. A seu redor, várias figuras secundárias gravitam; transpondo para este romance diferentes graus de sensações, inúmeros mistérios e misticismos próprios do povo Sul-Americano e de suas crenças.
É impossível convidar-vos a não ler este pedaço de escrita. Deixo, na minha modéstia, apenas um conselho: digiram devagar. Cada palavra, parágrafo. Cada personagem que abre um ciclo e fecha. Por muitos e muitos anos...
Costumo sofrer aquela coisa de ler vários livros ao mesmo tempo, mas com este aconteceu que aos poucos todas as leituras que o acompanhavam foram postas de parte e só ele ficou. É realmente necessária concentração, mas vale muito a pena :)
ResponderEliminarJá ouvi tão boas críticas em relação a este livro. Quando me emprestaram o livro para ler à uns bons anos atrás, não consegui passar das primeiras páginas por acha-lo tão confuso, talvez seja altura de pegar outra vez nele e perder-me na história ;)
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