segunda-feira, 26 de julho de 2010
A ilha, Giani Stuparich
Li um belíssimo livro sobre a vida e a morte. Com a crueldade destas palavras, passo a citar:
"(...) quem combate talvez não tenha plena consciência da inevitável derrota, e seja capaz de resistir e de retomar o fôlego para continuar a lutar. Mas quem assiste, impotente, à trágica luta, e tem nas veias o mesmo sangue que a vítima, sofre com reprimido horror, e todos os seus minutos são um inferno."
'A ilha' conta a história de um pai e de um filho. Juntos partem para a ilha onde o pai nasceu. Um retorno às memórias e ao convívio com o passado, um regresso às origens. O pai transporta uma doença e faz a despedida da ilha à medida que prepara o filho para a inevitável morte.
É um romance muito profundo. Por momentos, um pouco frontal. E, como diz Magris no prefácio, um "admirável conto de vida e de morte, não exorcizada, mas sim encarada impiedosamente de frente".
Lê-se rápido. Digere-se devagar. Fica na memória. Dá que pensar. É muito simples. É muito bem escrito. Vale a pena...
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