A entrada no livro de Dino Buzzati (escolhido por mim para ser debatido no mês de Maio), fez-se de forma bastante tranquila. Decidi não avançar já na história e apenas dizer-vos que as primeiras páginas são dedicadas à cronologia do autor.
'Dino Buzzati Traverso nasce a 16 de Outubro em Belluno, numa vivenda propriedade da família na localidade de San Pellegrino.'
A editora faz um breve resumo de 30 páginas sobre a vida do autor:
- 'Dino Buzzati (1906-1972) é considerado um dos mais originais escritores italianos do século XX. A sua obra, que inclui romance, contos, peças teatrais e poesia, conjuga temas fantásticos e existencialistas numa visão do mundo inconfundível, que o coloca na galeria dos nomes incontornáveis da literatura internacional. Venceu, entre outros, o prestigiado prémio Strega. A sua obra literária está amplamente traduzida e divulgada em vários países. Em Portugal é editada pela Cavalo de Ferro.'
Apesar de curta, a sua vida está repleta de interesse. Na verdade, não se dedicou exclusivamente à escrita, tendo sido, também, pintor. Formou-se em direito, mas a sua vocação foi o jornalismo. É de muitas das suas crónicas que nascem os seus mais emblemáticos livros - no caso, 'o grande retrato'.
Participou na segunda guerra Mundial, viajou e viveu em vários países (nomeadamente na Etiópia), passa por Jerusalém, Japão e vai conhecer o movimento de Arte Pop de Nova Iorque e Washington, em meados da década de 60.
'Morre a 28 de Janeiro, às quatro e vinte da tarde', vítima de um tumor no pâncreas.
Já tenho o livro. Tenciono lê-lo no fim de semana.
ResponderEliminarVou colocar aqui o comentário que coloquei no meu blogue.
ResponderEliminarAssim que avançarem nos spoilers também o faço :P
Aqui fica então o meu comentário:
Dino Buzzati, escritor Italiano e jornalista, o seu romance mais conhecido e famoso é "Deserto dos Tartaros", publicado após a segunda guerra mundial onde serviu em África como jornalista da marinha Italiana.
Buzzati, escreve de forma muito própria tendo por base o fantástico e o absurdo do real, aspecto bastante evidente nesta obra.
Nunca havia lido nada deste autor. Gostei, pela linguagem simples que apresenta, as mensagens são bastante claras, abordando um tema bastante actual e que sempre o será, nomeadamente a insatisfação humana e o direito que o ser humano pensa que possui para ultrapassar barreiras que lhe são intransponíveis; o não olhar ao limite; à ética. Querer fazer de si O Grande Criador quando é apenas humano e bastante imperfeito.
Este livro foi proposto para leitura conjunta pelo Rodrigo Ferrão do blogue Clube de Leitores como o livro de Maio, onde todos podem colocar os comentários até ao final do mês.
Ermano Ismani, professor universitário é destacado para uma missão secreta na Zona Militar 36. Tudo está secretamente protegido pois trata-se de algo inovador e pioneiro: a realização de um autómato.
Não um autómato comum, mas munido de inteligência, sabedoria, sentimentos, inclusivê com poder para se auto destruir. Pois, tal como o ser humano que só está completo quando tem capacidade tanto para viver como para pôr um fim à própria vida, este autómato também o terá, pois é possuidor de uma alma...
Uma alma que outrora pertencera a alguém, alguém que agora se vê aprisionado sem corpo para se mover ou amar e ser amado.
Assim sendo, levantam-se algumas questões:
Terá o homem liberdade de criar e manipular sem limites em nome do progresso e da ciência sem olhar às consequências imediatas ou a longo prazo?
Liberdade, afinal que significas?
Será o homem livre se o seu corpo não o for?