sexta-feira, 7 de maio de 2010

GREEN GOD, Eugénio de Andrade

Constança Barras Romana publicou este poema no grupo do facebook. E por lá anda à mercê de alguns comentários...

GREEN GOD

Trazia consigo a graça
das fontes quando anoitece.
Era um corpo como um rio
em sereno desafio
com as margens quando desce. .
Andava como quem passa
sem ter tempo de parar.
Ervas nasciam dos passos,
cresciam troncos dos braços
quando os erguia no ar. .
Sorria como quem dança.
E desfolhava ao dançar
o corpo, que lhe tremia
num ritmo que ele sabia
que os deuses devem usar. .
E seguia o seu caminho,
porque era um deus que passava.
Alheio a tudo o que via,
enleado na melodia
duma flauta que tocava.

Eugénio de Andrade.

Respondo-lhe:

eu - GÉNIO de Andrade. O nome não é ao acaso!

Pergunta Constança: 'Meu caro José Fontainhas, porque terás renascido em Eu-Génio? Deambulações para o próximo post!!'





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